quarta-feira, 8 de março de 2017

Documentação Geral - MEC


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC
Secretaria de Educação a Distância – SEED
Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo
 
CARTILHA: Recomendações para a Montagem de
Laboratório de Informática nas Escolas



SUMÁRIO
1- Pré-Requisitos
2- Aterramento
3- Instalação Elétrica
4- Recomendações Opcionais
5- Cabeamento Lógico
6- Disposição dos Equipamentos
7- Cuidados com os Equipamentos
 
portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000013475.pdf

Laboratório de Informática Educativa
O trabalho com informática educativa foi iniciado na escola no ano de 1996, quando contava com apenas quatro máquinas, atendendo grupos de alunos em turno contrário. 
No ano de 1999 a escola foi contemplada pelo projeto do PROINFO/MEC no qual recebeu o equipamento que dispõe atualmente. O laboratório de informática conta com 15 computadores conectados em rede, um servidor, um scanner, duas impressoras (uma laser e uma jato de tinta), webcam, gravador de CD, mesas para suporte, cadeiras, quadro branco. O gravador de CD, a webcam e a impressora HP foram adquiridos pela APEMEM da escola, que também mantém o serviço de Internet banda larga. O sistema operacional instalado nos equipamentos é o Windows 98 e no servidor é o NT 4.0. Em cada uma das estações da rede está instalado o pacote de programas de aplicativos do Office 97, alguns softwares educativos e um software free de antivírus.
O objetivo do laboratório de informática é incluir digitalmente os alunos, levando-os a conhecer as ferramentas computacionais existentes na escola, utilizando-as na construção de suas aprendizagens. Busca também desenvolver a criatividade, a autonomia, a iniciativa, o gosto pela descoberta, realizando trabalhos que realmente sejam significativos ao aluno.
Dispõe de uma professora como coordenadora deste espaço em cada turno, que realiza um trabalho em parceria com os demais professores e alunos da escola.
Todos os alunos da escola utilizam o laboratório de informática como um recurso pedagógico. Cada turma, durante o turno em que estuda, usa o espaço em um ou mais períodos semanais, de acordo com suas necessidades. A duração dos períodos varia de acordo com a turma e o trabalho que está sendo realizado. Os professores titulares acompanham sua turma, realizando o trabalho em parceria com a coordenadora do laboratório de informática.
Os trabalhos desenvolvidos no laboratório de informática são planejados com antecedência pelos professores das turmas, a coordenadora do laboratório de informática e a coordenadora pedagógica da escola. A avaliação é processual e sempre que necessário o trabalho é reestruturado em reuniões com os professores, no turno de trabalho. 
Alguns professores desenvolvem seus trabalhos na forma de projetos. Estes projetos são uma alternativa de trabalho que procura superar as práticas tradicionais e habituais e promover mudanças no processo educacional. Nos projetos o aluno passa ser o agente do processo de aprendizagem. É ele que propõe o tema, de acordo com suas vivências, planeja ações para resolver suas dúvidas, discute sobre suas hipóteses e compartilha suas descobertas. Desta forma constrói novos conceitos, assumindo responsabilidades e comprometendo-se com o trabalho. Segundo Fagundes (1999) "quando falamos em aprendizagem por projetos estamos necessariamente nos referindo à formulação de questões pelo autor do projeto, pelo sujeito que vai construir conhecimento". (p. 16) 
Finalmente o laboratório de informática promove, em parceria com a direção da escola, momentos de estudo e divulgação de experiências desenvolvidas com projetos de aprendizagem, visando à sensibilização dos professores e incentivando o trabalho com projetos de aprendizagem em todas as séries.
Bibliografia

FAGUNDES, L. et alli. Aprendizes do futuro: as inovações começaram! Coleção Informática para a Mudança na Educação. Proinfo - Programa Nacional de Informática na Educação. Secretaria de Educação a Distância . MEC, Brasil. 2003. Disponível na Internet em <http:\\www.proinfo.mec.gov.br>



O USO DA INFORMÁTICA COMO RECURSO PEDAGÓGICO: UM ESTUDO DE CASO

MIRANDA, Raquel Gianolla, CAMOSSA, Juliana Patrezi


RESUMO
 
Este artigo trata de analisar o uso do computador como recurso pedagógico na sala de aula por meio de análise de relatórios, atividades e entrevistas comalguns dos envolvidos num projeto de Inclusão Digital, realizado em agosto de 2009 com alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental das escolas do município de Santa Cruz das Palmeiras- SP. Pretende-se contribuir para a prática do uso do computador como recurso pedagógico a partir de softwares educativos que desenvolvem no educando a coordenação motora fina, a leitura e o raciocínio lógico. Num primeiro momento resgatamos conceitos importantes sobre a utilização da informática em sala de aula, baseando-nos nos autores: Valente, Favoreto, e em documentos do Ministério da Educação e Cultura- MEC. Utilizando a metodologia do estudo de caso, buscamos analisar os relatórios de aula e atividades dos alunos para resgatar pontos que reforçam as concepções dos autores citados e momentos em que as atividades fogem de tais concepções. Por meio das entrevistas com alguns dos envolvidos no processo buscamos avaliar se as atividades deste projeto contribuíram para mudar a concepção do uso da informática na sala de aula. Concluímos que a utilizaçãodo laboratório de informática como sala de aula, onde as atividades desenvolvidas são planejadas de forma a considerar os aspectos de aprendizagem, tanto do computador, quanto de outras áreas do conhecimento, esta significação reflete positivamente no aluno. Concluímos também que seria importante que os docentes das escolas tivessem a oportunidade de discutir e vivenciar, mais profundamente, formas de utilização do computador como recurso pedagógico.
Palavras Chave: Computador, Recurso Pedagógico, Sala de Aula, Atividades.

INTRODUÇÃO

Vivemos numa época em que as mudanças estão acontecendo de forma mais acelerada em todos os ambientes que permeiam a sociedade. Com a educação não é diferente, pois ela é um ambiente social onde ocorre a sistematização do conhecimento formal. São diversas as propostas pedagógicas, as reestruturações no projeto político pedagógico e nos currículos, no material didático, na demanda de alunos, enfim, ações para que a educação acompanhe o ritmo da evolução e atenda toda a comunidade escolar com qualidade.
Nas propostas pedagógicas, o uso das tecnologias na educação é um dos fatores que propõe facilitar a busca por novos conhecimentos e informações nos ambientes sociais. Com efeito, as escolas são estimuladas a adotar um recurso importante às séries iniciais: o uso do computador em sala de aula, que passou a ser ferramenta de auxílio na construção do conhecimento, desenvolvendo nos alunos o raciocínio lógico-matemático, a capacidade de concentração, coordenação motora fina, criatividade, orientação espacial, através dos editores de texto, de apresentação, jogos interativos, entre outros, que favorecem a aprendizagem ativa. Segundo FAVORETTO 3, a informática deve ser vista como um instrumento de interação com o educando, uma vez que o conhecimento não é transmitido, mas sim construído progressivamente por meio de ações que, segundo Piaget, são interiorizadas e se transformam.
Nesta perspectiva, a informática na educação deve promover uma aprendizagem que propicie a interação construtiva do aluno com o computador e o educador.
Atualmente, não há como viver alheio à utilização da informática. Isso significa que a escola deve dispor de outros recursos existentes na sociedade e preparar a criança para viver nas exigências do século XXI. Valente (1996, p.129) nos orienta que:
A educação escolar e o professor que a ministrar não tem, no geral um referencial de mundo que se compatibiliza com a realidade circundante e com seus possíveis avanços. O espaço educacional parece imune, preservado desses avanços, mantendo o velho, pela indiferença às mudanças do meio.
A utilização do computador na educação como um recurso pedagógico deve estar atrelado à comunidade social, e às necessidades e interesses de cada escola e de cada aluno, tendo, portanto, um enfoque pedagógico e social significativo, utilizando o computador para complementar a aprendizagem das disciplinas e também utilizá-lo no dia-a-dia.
Sendo assim, foi realizado um trabalho pedagógico nas escolas municipais de nível fundamental de Santa Cruz das Palmeiras, com a inserção deste recurso tecnológico. Promovendo um trabalho de enfoque pedagógico e social e extraindo daí novas possibilidades de informática na educação.
A partir deste projeto de Informática na Educação, foi realizada esta pesquisa com o objetivo de atrelar ao conhecimento a teoria sobre o uso do computador nas escolas, com a análise dos documentos utilizados no projeto e verificar se a prática esteve relevante no que se diz respeito à construção do conhecimento por meio de um novo recurso tecnológico educacional, indicando os pontos positivos e negativos neste processo e avaliar o que ainda precisa ser melhorado para que a educação acompanhe de fato a sociedade do século XXI.




Programa de Fomento à Elaboração e à Implantação de Projetos de Inclusão Digital:


Informatização de Escolas Públicas


Documento de Referência para Apresentação, Habilitação e Seleção de Projetos


Agosto, 2011
Brasília – DF



Este Documento de Referência apresenta as diretrizes para a elaboração e submissão de Projetos de Inclusão Digital, na modalidade Informatização de Escolas Públicas, que pleiteiem o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECIS/MCTI), no âmbito da Ação Orçamentária 6492 – Fomento à Elaboração e Implantação de Projetos de Inclusão Digital, do Programa 1008 – Inclusão Digital.


  1. Contextualização


No mundo contemporâneo, um dos fatores vitais para o desenvolvimento econômico, social e cultural tem sido o aproveitamento das oportunidades oferecidas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Hoje, a sociedade compartilha a crença de que o crescimento econômico e social depende, em larga medida, da amplitude e efetividade dos processos de adaptação, mudança e inovação tecnológicas, bem como da capacidade de promover, por meio das tecnologias, a geração e difusão de informação e conhecimento, a criação de emprego e renda, o fomento à equidade social e cultural e a promoção do bem-estar dos cidadãos.


2. Objetivos do Programa


A Informatização de Escolas Públicas tem como objetivo:

  • Fomentar o uso da Tecnologia da Informação (TI) para a melhoria do ensino público, a educação tecnológica e a capacitação de jovens e adultos;
     
  • ...
 

3. Estratégias de Informatização nas Escolas Públicas




Com base no acordo de cooperação firmado com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a SECIS/MCTI passará a apoiar projetos de Informatização de Escolas Públicas, rurais e urbanas, que poderão ser contempladas com equipamentos previstos no Programa Informatização nas Escolas (PROINFO), do MEC, a saber:

1. Laboratórios de Informática;
2. Projetor Multimídia Interativo;e
3. Programa Um Computador por Aluno (PROUCA).
4.  Critérios de Apresentação de Projetos
4.1 Concedente
4.2 Proponente
4.3. Submissão da Proposta de Trabalho
4.4 Proposta de Trabalho
4.5 Plano de Trabalho
4.6 Termo de Referência
5. Recursos Financeiros do Programa
5.1 Contrapartida do Proponente
5.2. Destinação dos Recursos
6. Processo de Habilitação e Seleção de Projetos
6.1 Habilitação
6.2 Seleção
6.3. Critérios de Desempate
6.4. Prazos para Apresentação, Habilitação e Seleção de Projetos
6.4.2 Seleção
6.4.1 Habilitação
7. Divulgação dos Resultados e Apoio a Projetos Selecionados
 ...


www.mct.gov.br/upd_blob/0217/217599.pdf

 

O uso do computador e da internet na escola pública


Roseli de Deus Lopes | Irene Karaguilla Ficheman | Alexandre Antonino Gonçalves Martinazzo | Ana Grasielle Dionisio Correa | Valkíria Venâncio | Ho Tsung Yin | Leandro Coletto Biazon

(Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo)

 

A informática educativa no Brasil

Segundo Moraes (1993), a informática educativa no Brasil tem suas raí­zes históricas plantadas na década de 1970, quando, pela primeira vez, em 1971, se discutiu o uso de computadores para o ensino de Física, em seminário promovido pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com a participação de um especialista da Universidade de Dartmouth dos EUA. Em 1973, algumas experiências com uso dos computadores começaram a ser desenvolvidas em outras universidades. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) os computadores passaram a ser utilizados como recurso auxiliar do professor para ensino e avaliação de simulações em Química, e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) os computadores tornaram-se ferramenta para o desenvolvimento de software educativo.

Ainda na década de 1970, destacam-se as experiências do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia (LEC) da UFRGS, apoiadas nas teorias de Piaget e Papert, com crianças com dificuldades de aprendizagem de leitura, escrita e cálculo (Moraes, 1993; Fagundes e Basso, 2005; Fagundes, 2006).

Em 1975, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciou uma cooperação técnica com o Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT) para investigar o uso de computadores com linguagem LOGO na Educação Infantil (Valente, 1999).

Moraes (1993) comenta que no início da década de 1980, foram realizados seminários para debater ideias de como implantar projetos-piloto sobre uso dos computadores para ensino e aprendizagem nas universidades que dão origem em 1984, ao Projeto Educom, uma iniciativa conjunta do MEC, Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Secretaria Especial de Informática da Presidência da República (SEI/PR), voltada para a criação de núcleos interdisciplinares de pesquisa e formação de Recursos Humanos nas Universidades Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Rio de Janeiro (UFRJ), Pernambuco (UFPE), Minas Gerais (UFMG) e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Apesar de dificuldades financeiras, este projeto foi o marco principal do processo de geração de base científica e formulação da política nacional de informática educativa. Os resultados do Projeto Educom fizeram com que o MEC criasse em 1986, o Programa de Ação Imediata em Informática na Educação de 1º e 2º graus, destinado a capacitar professores (Projeto Formar) e a implantar infraestruturas de suporte nas secretarias estaduais de educação (Centros de Informática Aplicada à Educação de 1º e 2º graus – Cied), nas escolas técnicas federais (Centros de Informática na Educação Tecnológica – Ciet) e nas universidades (Centro de Informática na Educação Superior – Cies).

Moraes (1993) comenta ainda que, em 1988, a Organização dos Estados Americanos (OEA) convidou o MEC para avaliar o projeto de Informática Aplicada à Educação Básica do México, o que acabou resultando na formulação pelo MEC junto à OEA de um projeto multinacional de cooperação técnica e financeira, integrado por oito países americanos, que vigorou de 1990 a 1995.

Em 1989, o MEC institui o Programa Nacional de Informática na Educação (Proninfe) com o objetivo de promover o desenvolvimento da informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de ensino (1o, 2o, 3o graus e Educação Especial). A partir do fim da década de 1980, diversas ações municipais e estaduais em todo o país se somam às iniciativas federais quanto a investimentos em informática educativa.

Em 1997, o MEC criou o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) para promover o uso pedagógico de Tecnologias de Informação e Comunicações (TICs) na rede pública de ensinos Fundamental e Médio.

Neri (2003) comenta que, com base nos dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do Censo Escolar, em 1997, apenas 10,8% do total de alunos matriculados no Ensino Fundamental regular estavam matriculados em escolas com laboratório de informática e já em 2001 esse número aumentou para 23,9%. No caso do Ensino Médio regular, em 1997, 29,1% estavam matriculados em escolas com laboratório de informática e em 2001 esse número aumentou para 55,9%. Em 2001, 25,4% dos alunos do Ensino Fundamental regular estavam matriculados em escolas com acesso à internet e pa

http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/avulsas/estudos1-7-uso-computadores.shtml?page=1

ra o Ensino Médio regular 45,6% dos alunos estavam matriculados em escolas com acesso à internet. Em 2001, o Estado que apresenta o maior grau de inclusão digital nas escolas é São Paulo e o menos incluído é o Tocantins.

Nos últimos anos, o ProInfo deu ênfase à implementação de laboratórios de informática nas escolas de Ensino Médio e, atualmente, concentra seus esforços para implementação de laboratórios de informática em escolas de Ensino Fundamental de áreas rurais e urbanas que ainda não dispõem deste tipo de infraestrutura. Compreende também ações de apoio à formação a distância de professores por meio do e-ProInfo.

Tecnologias móveis na Educação

Com o barateamento de tecnologias móveis surgem no mercado novas plataformas móveis de baixo custo tais como o XO da One Laptop per Child (OLPC), o Classmate da Intel e o Móbilis da Encore. Essas plataformas introduzem o conceito de aprendizagem móvel. As tecnologias móveis de baixo custo quebraram paradigmas ao buscar caminhos para a fabricação de computadores portáteis a um preço acessível, de tal forma que fosse possível fornecer um computador por aluno.

O governo brasileiro criou, em 2007, um projeto denominado Um Computador por Aluno (UCA), cujo objetivo é distribuir um computador móvel para estudantes das escolas públicas. Na primeira fase do projeto foram conduzidos cinco experimentos com os diferentes modelos de laptops. (Câmara dos Deputados, 2008)

A Escola Estadual Luciana de Abreu, em Porto Alegre (RS), e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Ernani Silva Bruno, São Paulo (SP), foram as duas primeiras instituições de ensino da rede pública a incorporar os equipamentos do projeto UCA. No caso de São Paulo, como a escola era de grande porte e o número de máquinas inferior ao total de alunos e professores (1.250), os laptops foram compartilhados entre os turnos (Franco et al., 2009). Já em Porto Alegre, com um número menor de alunos, foi possível distribuir um laptop para cada aluno e professor no modelo 1-para-1 (Bittencourt, 2008; Schafer e Fagundes, 2008; 2009).

As demais cidades escolhidas para utilizar os laptops de baixo custo foram Palmas (TO), Piraí (RJ) e Brasília (DF). As escolas de Palmas e Piraí utilizaram laptops do modelo Classmate. A escola de Palmas por ter um número maior de alunos fez uso compartilhado dos equipamentos (Almeida e Prado, 2008). Já a escola de Piraí pôde adotar o modelo 1-para-1. Em Brasília, foi utilizado um conjunto de laptops do modelo mobile suficiente para atender apenas uma sala de aula por vez.

As cinco iniciativas incluíram formação de professores, suporte técnico e acompanhamento do uso dos laptops nas escolas. Tais tecnologias têm demonstrado um aumento da motivação dos alunos e dos professores, e uma diversificação das possibilidades das experiências educacionais dentro e fora do ambiente escolar (Corrêa et al, 2006; Franco et al., 2008; 2009).

Formação dos professores

O novo paradigma educacional Um Computador por Aluno traz à tona a necessidade de aprofundar a discussão sobre a formação do professor, condição necessária e primordial para construção de um modelo educacional com o professor como mediador do processo de aprendizagem e não apenas como transmissor de informações. Esta nova situação é uma importante oportunidade para que o professor possa refletir sobre a realidade histórica e tecnológica, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar com essa nova realidade, como também construí-la (Unesco, 2008b; 2008c).

De acordo com Valente (1997b; 1998), o computador é uma ferramenta que pode auxiliar o professor a promover aprendizagem, autonomia e criatividade do aluno. Mas, para que isto aconteça, é necessário que o professor assuma o papel de mediador da interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe formação para exercício deste papel. Entretanto, nem sempre é isto que se observa na prática escolar. Estudos sobre o tema apontam que a formação do professor para a utilização da informática nas práticas educativas não tem sido priorizada tanto quanto a compra de computadores de última geração e de programas educativos pelas escolas (Unesco, 2008b; 2008c).

Segundo Valente (1997b), “a formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Essa prática possibilita a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno. Finalmente, deve-se criar condições para que o professor saiba contextualizar o aprendizado e a experiência vivida durante a sua formação para a sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir”. 

http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/avulsas/estudos1-7-uso-computadores.shtml?page=1 

 

REFLEXÕES SOBRE IMPLEMENTAÇÃO E USO DE LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA NA ESCOLA PÚBLICA


Liliane Maria Teixeira Lima de Carvalho*
Carlos Eduardo Ferreira Monteiro**
 

Resumo: No Brasil existe uma política oficial para expandir o acesso a recursos computacionais para alunos de escolas públicas, no entanto, a qualidade dessa oferta é limitada quando se trata da estruturação de laboratórios de informática. Este artigo apresenta uma pesquisa que buscou analisar as condições de infraestrutura e uso de laboratórios de informática de escolas públicas situadas em cinco municípios da Região Metropolitana do Recife – PE. A partir das análises dos dados teceram-se reflexões sobre o Proinfo como uma política pública em educação. As análises dos dados de pesquisa evidenciaram dificuldades de algumas escolas para lidar com as questões técnicas e práticas que envolvem a inclusão digital. O estudo pode apoiar reflexões a respeito da implementação de políticas públicas de acesso e uso das tecnologias que considerem o contexto escolar como uma importante variável. 

Palavras-chave: Tecnologias da informação e comunicação. Proinfo. Laboratório de informática. Inclusão digital.
 

1 INTRODUÇÃO
 

A implementação de laboratórios de informática na escola pública é parte de uma política de financiamento da Educação do governo federal viabilizada pelo Ministério da Educação (MEC) por meio do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo). Esse Programa busca universalizar o uso da tecnologia a partir da capacitação de recursos humanos e de instalação de equipamentos nas escolas, assegurando-se as exigências de infraestrutura física e de suporte técnico como contrapartida dos sistemas de ensino federal, estadual e municipal (BRASIL, 1997a). 

Em notícia divulgada em 12 de maio de 2012 por jornal de grande circulação no Estado de Pernambuco, encontramos a manchete “crianças conectadas no sertão” (CRIANÇAS, 2012). A reportagem destaca a inauguração de laboratórios de informática em escolas municipais urbanas e rurais de um determinado município localizado no sertão de Pernambuco. Essa inauguração foi possível, segundo a reportagem, com a entrega de computadores novos às escolas, os quais seriam conectados à internet. Informa-se na reportagem que já foram instalados 27 novos computadores nas escolas e pretende-se chegar ao total de 128 para poder beneficiar 800 crianças, mas a intenção seria atingir todas as 10 mil matriculadas. Encontra-se no texto da reportagem a expressão “a inclusão digital também vai chegar aos alunos da zona rural” (CRIANÇAS, 2012, p. 3), cuja intenção explícita é chamar a atenção do leitor sobre a instalação de laboratórios de informática em escolas situadas em localidades rurais. De modo tácito, contudo, a expressão reforça uma crença de que equipar escolas com computadores pode gerar a inclusão digital.

A preocupação oficial no Brasil em relação à introdução da informática nas redes de ensino, bem como sobre seu acesso, usos e possibilidades na escola alia-se a discussões sobre a necessidade de equalizar as oportunidades de inclusão digital para grupos sociais excluídos. Nesse sentido, em sua origem, a ideia de inclusão digital já envolve uma ordem de importância, à medida que busca promover ações consideradas fundamentais para que esses grupos sociais possam se apropriar de um conhecimento tecnológico que sem as ações a serem implementadas não seria possível adquiri-las.

Contudo, o uso do computador já se encontra incorporado no cotidiano de diferentes grupos sociais e não apenas o acesso, mas saber usá-lo se constitui em importante recurso para o ensino e para a aprendizagem no paradigma tecnológico (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2004). Na realidade brasileira, as pessoas participantes de diversos contextos sociais estão tendo um crescente acesso a computadores enquanto ferramenta de trabalho. Nas periferias das grandes cidades brasileiras, mesmo considerando as limitadas condições socioeconômicas, cada vez mais, diversas organizações, inclusive escolas públicas, estão oferecendo às crianças e aos adolescentes das classes menos favorecidas uma introdução ao uso de computadores (ALMEIDA, 2005). Entretanto, constata-se em algumas realidades escolares, a ausência de uma visão mais ampliada da utilização do computador enquanto um mediador na construção de conhecimentos. Em diversas escolas públicas, por exemplo, encontram-se situações de ensino nas quais os instrutores apenas explicam os procedimentos de uso de softwares, além disso, as “aulas de informática” não possuem um objetivo pedagógico bem definido (FARIAS; MONTEIRO, 2008).

Nós entendemos que a implementação de políticas públicas envolvendo ações de inclusão digital nas escolas é algo que não se estabelece prontamente, em termos do “tudo ou nada”; ao contrário, efetiva gradualmente a partir de uma construção coletiva onde os atores, internos e externos à instituição, podem contribuir com normas e regras de ações explícitas ou tácitas (CERTAU, 1998). Essas ações podem até mesmo não se concretizar dependendo dos sentidos e significados construídos coletivamente e das situações e dificuldades enfrentadas no cotidiano das pessoas nas unidades escolares.

Considerando essa perspectiva, a nossa intenção neste artigo é refletir a respeito do Proinfo como forma de financiamento da Educação, situando-o no âmbito dos resultados de uma pesquisa intitulada “O ensino da Estatística em escolas públicas: possibilidades de utilização de laboratórios de informática.” (CARVALHO, 2010). Entre outros objetivos, a pesquisa buscou analisar as condições reais de infraestrutura e de uso de laboratórios de informática de escolas situadas em cinco municípios da Região Metropolitana do Recife.

Para investigar esse objetivo realizamos visitas às escolas, fotografamos os espaços dos laboratórios e, também, mantivemos contato com gestores escolares, e na ausência deles, com coordenadores pedagógicos, funcionários técnico-administrativos ou com os monitores e responsáveis pelos laboratórios. Interessa-nos aqui, sobretudo, discorrer sobre o regime de colaboração dos sistemas de ensino e sobre as estratégias construídas pelos gestores para lidar com os problemas que envolvem o uso dessa forma de configuração tecnológica no cotidiano escolar.

https://editora.unoesc.edu.br/index.php/roteiro/article/view/1885


O uso pedagógico dos laboratórios de informática nas escolas de Ensino Médio de Londrina

JANAINE MOURA DE CARVALHO

Resumo

Os primeiros laboratórios de informática do Proinfo (Programa Nacional de Informática na Educação) foram implantados nas escolas públicas do Brasil em 1997. O presente trabalho objetivou investigar acerca da utilização dos Laboratórios de Informática implantados pelos Programas Proinfo e Paraná Digital nas escolas de Ensino Médio do município de Londrina. Realizamos uma pesquisa de campo em 10 escolas de ensino médio do município de Londrina em diferentes regiões da cidade. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário contendo quatorze questões, sendo 11 perguntas fechadas e 3 perguntas abertas, que fora respondido pelas Pedagogas . Após análise dos dados, foi possível perceber que nem todas as escolas possuem o mesmo número de computadores e de laboratórios em sua estrutura, as que possuem dois laboratórios, subdividem a utilização entre, um de uso exclusivo dos professores e outro para alunos. Muitos professores ainda encontram-se receosos quanto à utilização do computador em sala de aula. O resultado da análise dos dados aponta que professores da área de exatas, utilizam-se bem pouco do aparato computacional em suas aulas, exigindo muitas vezes, a interferência da equipe pedagógica, para que o uso dos laboratórios se efetive. Durante a realização do trabalho, ficou evidente que persiste ainda grande déficit no que tange a formação dos professores para trabalhar em ambientes informatizados e infelizmente a informática educativa, não tem sido vivenciada na prática pedagógica de muitos professores. Assim, quinze anos após a implantação dos primeiros laboratórios, a informática educativa representa ainda uma meta a ser alcançada.

Palavras-chave: Informática, laboratório de informática, ensino-aprendizagem.

http://www.uel.br/ceca/pedagogia/pages/arquivos/JANAINE%20MOURA%20DE%20CARVALHO.pdf

 

RELATÓRIO DE AUDITORIA DE NATUREZA OPERACIONAL
PROGRAMA NACIONAL DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO - PROINFO

http://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?inline=1&fileId=8A8182A14D92792C014D92845CFE2194

 

Universidade Federal de Santa Catarina


Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
A UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA DO PROINFO EM ESCOLAS DE DOURADOS- MS



Dissertação de Mestrado
Ednei Nunes de Oliveira
Florianópolis
2001


Resumo
Este trabalho apresenta uma pesquisa descritiva, realizada em 07 (sete) escolas da rede pública de ensino, em Dourados, Mato Grosso do Sul, com professores do Ensino Fundamental e Médio, que usaram o computador durante o processo de inserção dos modernos recursos tecnológicos de comunicação e informação, iniciado pelo Programa Nacional de Informática na Educação PROINFO, nessas escolas . Norteado por princípios pedagógicos e tecnológicos, enfoca os conceitos e discute algumas teorias e diretrizes metodológicas que orientam a prática de utilização dos recursos da informática no processo ensino/aprendizagem, para as tecnologias mediadoras da educação. Trata-se também neste trabalho a importância da elaboração de projetos educativos, por professores, para nortearem sua prática e dos alunos durante a utilização de laboratórios de informática. A metodologia foi aplicada, verificando-se os resultados das capacitações desenvolvidas pelo Núcleo de Tecnologia Educacional de Dourados-MS e a prática de professores e alunos com o uso do computador nas escolas selecionadas.

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